Um Bar Amigo

Todos os bares são amigos, dependendo da situação. Este em questão, no entanto, é amigo até no nome: Bar Amigo Giannotti.

Um botecão italiano, com, no máximo, 10 mesas. Camisa do Parmera e brasão da "famiglia" na parede. Cardápio falado, incluindo massas deliciosas e fogazzas sem igual. O melhor de tudo? Super barato.

Ótima opção para quem não curte restaurantes italianos caros, pomposos e mainstream. O Bar Amigo Giannotti fica na rua Santo Antônio, 1106; na Bela Vista, ou Bixiga.

Didática Judaica - Pessach

Hoje é o primeiro dia de Pessach, data simbólica e muito significativa para o povo de religião judaica. O grande segredo da gastronomia de pessach é que não se deve comer nem beber nada fermentado. Alguém poderia até perguntar "Mas dá pra se fazer um jantar totalmente gostoso sem fermento nenhum?" A minha resposta seria "Mas é claro que sim!".

Embora a minha família seja um pouco picareta, uma vez que bebemos vinho fermentado e não kosher - porque esse é realmente intolerável - temos à nossa mesa os pratos mais típicos desta data tão importante do calendário judaico. Seguem abaixo os nomes de alguns desses pratos, e suas respectivas explicações; para o caso de quem tiver interesse em provar, já saber suas essências.

- Matzah: Grande bolacha de água e sal, porém, sem sal. O "pão" não fermentado.
- Gefilte fish: A comida judaica com nome mais conhecido por não judeus, ao redor de São Paulo. Uma massaroca de peixe (carpa) com algumas outras coisas e um pedaço de cenourinha em cima. Servido frio. Os poloneses o fazem mais doce; os russos, mais salgado.
- Matzo balls: Bolinhas deliciosas, feitas de massa de matzah, geralmente inseridas dentro da sopa.
- Caché: Trigo sarraceno. Um grão, gostoso, melhor do que arroz integral.
- Ferfel (ou ferfale): Uma espécie de macarrãozinho delicioso, também preparado com farinha de matzah. Geralmente servido com cebolinha frita doce.
- A carne: Sempre é servida alguma carne, pode ser um frango, uma peça de filet mignon ou vitela; sempre assada ou cozida. Eu, particularmente, nunca vi servirem peixe, até porque o Gefilte fish já tomou esse lugar.
- Vegetais: É comum serem servidos alguns vegetais também, como cenourinha doce com uvas passas. Muito bom para acompanhar a carne.
- A sobremesa: Não há uma regra para sobremesas, mas a mais típica de ser servida é a compota de frutas ou a pera ao vinho. Ou seja, frutas amolecidas por caldas. Acomapnhadas por sorvete e, a essa altura do campeonato, muito sono e satisfação.

Espero que todos possam um dia ter um típico jantar, ou almoço, de pessach! No próximo post, darei a dica do melhor restaurante judaico da cidade!

De um tempo distante

Quando eu trabalhava na rua Ferreira de Araújo, próxima ao Instituto Tomie Ohtake, a hora do almoço era uma epopéia - uma vez que não havia nenhum lugar próximo para aproveitar o horário mais importante do expediente.

Andávamos até uma ruazinha chamada Cunha Gago. Lá era possível encontrar um restaurante por quilo muito dos gostosinhos. Era chamado Mosteiro. Não sei se ainda está por lá. Mas quem trabalhar lá por perto e puder degustar suas massas gostosas e feijão bem preparado, se ele ainda existir, indico!

O melhor daquele lugar, na verdade, é a mousse de chocolate ÚNICA que eles mesmos preparam. É algo tão incrível que me faz sentir uma saudade terrível, e fico triste por não trabalhar mais por lá!

Uma Caipirinha Extraordinária

Extra ordinária por ser fora do padrão e extraordinária porque realmente é fantástica. Essa caipirinha pode ser encontrada em um local que, para quem só frequenta botecão e coisas super-hiper-hype-oh-so-fashion, pode parecer um tanto caído ou familiar.

O Barthô é um bar localizado na região de Perdizes, ou Sumaré, vai saber. Ele fica na esquina da Apinagés (Apinajazz) com a Caiubí. Pensando bem, é uma VIBE bem familiar com clima de happy hour, mas fora o preconceito, os pastéizinhos mistos são deliciosos e o frango à passarinho, um dos melhores que já comi. A caipirinha extraordinária é uma caipirinha de uva + carambola + gengibre (para quem gosta desse drink de verdade, sabe que deve ser servida com cachaça e não com vodka!).

É uma delícia sem fim, espero que todos tenham a chance de provar!

A Feijuca de Paris

Mais uma vez, por dentro da Vila Madaloca, precisamente na Rua Harmonia, há uma pequena padaria que poderia se chamar "Delícias de Paris" mas em vez disso, tem o nome francês Deli Paris.

Lá é possível encontrar docinhos deliciosos, como macarons coloridinhos formando desenhos fofinhos e outras delícias desse pacote. Quem mora ou trabalha por essas bandas sabe como é gostoso ir tomar um café lá depois do expediente, ou comprar mini-baguetes quentinhas para comer em casa.

O que mais me intriga dessa "petit" padaria é que o almoço de lá é ótimo! R$ 14,25 (25 centavos cobrados são ótimos também) para um "self-self" sempre cheio de variedade nas saladas e nos pratos quentes - nada afrancesados. A melhor opção de todas é a de quarta-feira - a tradicional feijuca. De verdade, não minto: é EXCELENTE. Por mais estranha que pareça a situação de uma padaria francesa vender uma saborosa feijoada, vale a pena experimentar.

Estou preparada e sonhando para meu almoço de amanhã.

Gastronomia Cinematográfica

Embora este não seja um blog com esse título, acredito que podemos também passar dicas de filmes, né? É. Eu sou a dona, eu decido.

Pois bem, existem muitos e muitos filmes sobre comida, ou que simplesmente a têm como algo importante para o enredo, porém há essa curiosa produção grega, pouco conhecida, que me chamou a atenção há alguns anos, no cinema, e que eu indico por ser tão simpática e delicada:


(O Tempero da Vida)

Os personagens são bem constrídos, o enredo é uma fofura, as piadinhas são de bom gosto e o filme exala uma deliciosa mistura de cheiros que estimulam qualquer papila gustativa! Não deixem de locar essa perolazinha em qualquer locadora perto de você.

Um Francês Peculiar

Agradecendo a um caro (recente) leitor que elogiou o blog, dedico a ele Um Francês Peculiar.

Sempre que muitos pensam em delícias da cozinha francesa, imaginam pratos não-tão-bem-servidos, para o padrão brasileiro de ser, com preços um-pouco-altos, para o padrão brasileiro de ser. Claro que não podemos menosprezar os deliciosos bistrôs clássicos distribuídos pela cidade, mas para quem quer conhecer um bistrozinho agradável e não está a fim de desembolsar as economias do mês anterior, deve visitar o excelente L'Aperô.

Localizado - mais uma vez - na Vila Madaloca, exatamente na rua Mourato Coelho, 1343, esse bistrozinho tem um clima engraçado, um tanto parisience, mesclado em uma calçada paulistana. O dono do restaurante e seu sotaque francês dão um pouco mais de graça ao local, além de seus cardápios enrolados no vidro do azeite e do vinho. Mas o que importa mesmo são suas saladas, petiscos e carta de vinhos. Aconselho qualquer uma das saladas, pastéis mistos e meia jarra de vinho indicado pelo garçom. Não tem erro, e com essa refeição, para duas pessoas, não deve sair mais de R$ 70,00.

É uma dica que nunca decepcionou, e espero que não decepcione!

Petisco hype

Aproveitando a errata que Mari Leone observou em comentário anônimo: Uma vez que a Rua Tietê é Alameda Tietê, lá não fica o petisco mais hype da cidade.

De repente São Paulo fora invadida por pequenos restaurantes de Kebab: "sanduichinhos árabes" compostos por kafta (carne), falafel (massinhas de grão-de-bico), cordeiro (cordeiro mesmo) e muitos outros. Os que mais se destacam nessa categoria são 3: o da Rua Pinheiros, o da Augusta (logo abaixo do Espaço Unibanco) e o da Rua Fernando de Albuquerque, quase cruzando a Augusto.

O último da lista reúne gente realmente interessante, além de lustres que dão o que falar! Lá também podem ser encontradas cervejas mais exóticas e sorvetes caseiros de sabores estranhos deliciosos! O Kebab de lá, além de ser mais barato, é muito bem preparado e fabuloso. O cheiro do lugar é único e traz saudade. Ótima opção para pré-baladas augustianas.

Leite em Pó

Ninguém nunca entendeu porque os Los Hermanos sempre foram tão obsecados por comida. Aí vai a letra do clássico "Leite em Pó" do primeiro álbum dos rapazes:

O tomate refogar, mas você salgou demais
Couve-flor não orna com alecrim

Não consigo mais comer, não cozinhas muito bem
Guarnição já é demais, então você me diz

Tem banana, que o aipim parece um kibe,
Que não curtiu o meu praline, que a mousse passa por um moedor!

Leite em pó! Não mereces o aspargo, nem pão francês, nem o quiabo,
Quanto mais mamão, que um dia eu dei pra ti!

O tomate vou bater, e o seu odor se vai.
Leite enjoa e o pavê se foi.

Não misture lebre e boi, não se faça de gourmet.
Vinho em torta, pelo amor de Deus!

Ao ouvir dizer

Tem banana, que o aipim parece um kibe,
Que não curtiu o meu praline, que a mousse passa por um moedor!

Leite em pó! Não mereces o aspargo, nem aipim nem o quiabo,
Quanto mais mamão, que um dia eu dei pra ti!

A batata provençal

A Lanchonete da Cidade já é hype desde que foi lançada, na rua Tietê. Com uma comunicação visual descoladérrima e realmente muito bacana, é uma lanchonete que atrai gentes de todas as idades para apreciar belos hamburgueres.

Há um algo ainda mais especial do que o "bombom" - hambúrguer típico da casa que vem em pão especial e muito molho de tomate - que é a batata que um dia eu (a narradora que vos fala) decidiu chamar de "provençal". Essa especiaria consiste em uma deliciosa batata frita com alho e alecrim.

Na verdade, ela não tem esse nome escolhido a dedo por mim, mas eu garanto que se alguém chamá-la assim ao fazer o pedido na lanchonete, será atendido com esse delicioso acompanhamento!

Tirar casquinha da avó

E para quem acha que é panela velha que faz comida boa, aí vai uma dica de quem adora usar chavões nos posts:

Um dos lugares mais bacanas para se ouvir jazz em São Paulo fica na Cardeal Arco-Verde, logo em frente ao cemitério, e chama TETA, embora o próprio dono do recinto jure ser um ambiente familiar. É pequeno, charmosinho, aconchegante, música ao vivo no mesmo plano das mesas; chopps e drinks variados, além de pratos e petiscos que abrem qualquer apetite ao se ler o menu. O que me chamou a atenção foi a casquinha de siri da Avó (o título é algo mais ou menos assim). Seja lá quem a "avó" é ou de onde ela veio. Tanto faz mesmo, no final, porque é absolutamente delicioso! Elas vêm em porções de 6, com uma gotinha de catupiry dentro, só para dar o toque especial, da avó.

Quando quiserem ouvir um jazz, em um encontro romântico ou apenas em um happy hour menos tradicional, confiram esse quitute!

Um vídeo institucional

Um brócolis fantasiado de salsinha, um tomate com cabelos malucos, algumas lentilhas sem poder respirar e Franz Ferdinand compõem a receita de sucesso de Doda Lobo em um vídeo sensacional.

Direto de Paraty

Nossa correspondente interestadual, Marina de Luca, acaba de nos mandar uma quentinha de Paraty:

Em um clima que mistura o charme das antigas instalações com a modernidade tecnológica da conexão Wi-Fi, destaca-se a música brasileira ao vivo no centro histórico de Paraty, no Margarida Café. Entre seus quitutes mais saborosos estão o ceviche, o macarrão servido no pão com frutos do mar e requeijão e o incrível e miraculoso pastelzinho de camarão com catupiry. Que, embora seja um bocado pequenino, vem em porção de dez e transbordando recheio.

Quem estiver por lá, não deixe de experimentar e contar para a gente o que achou.

Mãos de Bananas

Mãos feitas de bananas? Um quitute típico da zombaria jovem norte-americana frente aos hábitos germânicos dos anos 90. Parece muito pomposo. Mas segue abaixo um clipe que mistura chilli, banana e leite. Em uma experiência sensacional:

Melhor petisco do Genésio

Jovens bonitinhos e descolados, além de famosos "cabeça" do cenário brasileiro, encontram-se diariamente no Genésio - bar gostosinho e bem conhecido - na rua Fidalga (esquina com a Aspicuelta) na Vila Madaloca.

Embora lá não exista Chopp em Dobro, a caipirinha de lima da Pérsia é deliciosa e a de frutas vermelhas, caprichada. A maior parte de sandubas e petiscos também é ótima. Mas entre todas as pizzas, massas e bruschetas, há um dos melhores petiscos que eu já provei: a polenta de colher. Há alguns sabores de recheio, como o de queijo de cabra com shitake (edição especial) ou o clássico com molho de tomate e azeitonas. Todos são uma loucura sem fim, porém há o mais fabuloso e espetacular de todos eles: o de frutos do mar. Esse quitute especial vem repleto de camarões, lulas e mariscos, é saborosíssimo, alimenta como um jantar individual e custa apenas R$ 12,00.

Quem começar ou acabar uma noite por lá, não hesite em provar.

Apresentação

Boa tarde!

Este blog foi feito para relacionar as coisas mais gostosinhas do mundo gastronômico e musical. E quem sabe, uma mistura desses dois elementos fundamentais à vida.

Que seja aproveitado com gosto e bom humor. Amém.